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Educação: Governo investe 400 milhões em novas tecnologias

revolucao.jpgRevolução tecnológica chega às escolas.

Inácio Rosa/Lusa

O novo ano lectivo marca o arranque de uma autêntica revolução nas escolas portuguesas. No âmbito do Plano Tecnológico da Educação, o Governo vai investir um total de 400 milhões de euros com o objectivo de colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica. Até 2010 as escolas do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e as do Ensino Secundário terão ligação à internet em banda larga e estarão apetrechadas com 310 mil computadores, nove mil quadros interactivos e 25 mil videoprojectores.

"É a maior mudança de sempre na forma de ensinar", diz Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), sublinhando que "o computador ensina mas não educa", pelo que o papel do professor "é ainda mais valioso".

Actualmente há em Portugal um computador para cada 13 alunos, contra um para seis de média europeia. O objectivo a atingir em 2010 é de um computador para dois alunos, mas no final deste ano lectivo haverá já um para cada cinco. João Grancho, da Associação Nacional de Professores, considera o plano "uma medida positiva, que ajuda à infoinclusão, à inovação e ao desenvolvimento científico".

Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), defende que o papel dos professores tem vindo a ser desvalorizado: "O discurso do Governo tem apostado no desenvolvimento tecnológico, mas esquece-se do factor humano e os computadores sozinhos não funcionam. Com novas tecnologias e quadros interactivos mas com profissionais insatisfeitos e com carreiras desfeitas uma escola não pode funcionar ".

Refira-se ainda que o PTE tem uma vertente virada para a segurança que prevê a instalação de câmaras de vigilâncias nas escolas. O cartão electrónico do aluno também evitará que estes levem dinheiro para a escola, contribuindo assim para que haja menos assaltos. 

NOVO CARTÃO PARA 800 MIL

O Governo pretende que o cartão electrónico do aluno chegue já este ano lectivo a 800 mil estudantes. O novo cartão permite controlar entradas e saídas na escola, bem como consultar o processo administrativo do aluno e o seu percurso académico. Outras das vantagem do cartão é que permite fazer pagamentos na escola, pelo que os alunos deixam de precisar de levar dinheiro - um  aspecto relevante em termos de segurança. 

METAS

310 mil computadores com ligação à internet, o que dá dois computadores por aluno (2.º e 3.º ciclos e Secundário).
9 mil quadros interactivos (um por cada três salas de aula).
25 mil videoprojectores.
800 mil cartões electrónicos do aluno.
500 mil computadores portáteis Magalhães (1.º Ciclo).
400 milhões de euros de investimento total.

VIDEOVIGILÂNCIA E ALARMES

Com o investimento em novas tecnologias as escolas passam a ser lugares apetecíveis para os assaltantes, pelo que o Governo vai investir em alarmes electrónicos e sistemas de videovigilância, com dez câmaras por cada escola, de modo a garantir a segurança das instalações.  

QUADROS INTERACTIVOS SUBSTITUEM VELHINHOS QUADROS DE ARDÓSIA

Os velhos quadros de ardósia onde se escreve com giz vão gradualmente ser substituídos pelos modernos quadros interactivos.

Inicialmente estava previsto que só em 2010 os nove mil quadros interactivos estivessem disponíveis nas escolas.

Contudo, o Governo terá conseguido antecipar alguns dos objectivos traçados e no final deste ano lectivo estarão já instalados nas salas de aula dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e nas do Secundário nove mil quadros interactivos e 25 mil videoprojectores, numa relação de um quadro por cada três salas.  

 

 


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