A Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas manifestou-se hoje esperançada de que o sistema de videovigilância avance em breve nos estabelecimentos de ensino, conforme prometido pelo Governo, até porque a maioria "já está instalado".
"O secretário de Estado manifestou-nos há dias a vontade de que se ultrapassem rapidamente as dificuldades para pôr na prática em funcionamento os sistemas que estão montados nas escolas", disse à agência Lusa Adalmiro Botelho da Fonseca, da Associação.
"Se houve transtornos foram até agora porque daqui para a frente vamos ter a videovigilância", afirmou.
A Associação, acrescentou, vê com satisfação que o sistema avance e contribua para resolver alguns dos problemas nas escolas depois de ultrapassadas dificuldades que crê estarem ligadas a "problemas burocráticos nos tribunais".
"Na maior parte das escolas já está instalada, mas não está a funcionar, creio que por problemas entre as empresas concorrentes que atrasaram o processo", referiu.
"Se agora vai avançar só temos de nos congratular", acrescentou.
Em Maio do ano passado, o então coordenador do Plano Tecnológico da Educação, João Mata, actual secretário de Estado da Educação, anunciou que os sistemas de videovigilância e alarme chegariam a todas as escolas públicas do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Secundário "no prazo de 18 semanas".
O sistema electrónico de segurança, orçado em 24 850 milhões de euros, visa reforçar a segurança dos estabelecimentos e equipamentos aí instalados.
O responsável assumiu ser um projecto muito aguardado pelas escolas.
Hoje o Diário de Notícias adianta que a videovigilância avança em Setembro em 700 escolas, noticiando o caso de uma escola em Cacilhas (Almada) assaltada quatro vezes nos últimos dias.
De acordo com o jornal, até Dezembro mil escolas estarão equipadas com uma rede de câmaras destinada a reforçar a segurança dentro e fora dos recintos.
Fonte: Educare