A sonda espacial «Phoenix» já chegou a Marte. A chegada ao planeta vermelho decorreu sem problemas e já começaram a chegar a Terra as primeiras fotografias.
A sonda conseguiu superar o momento crucial de poisar no planeta vermelho e a festa na NASA foi tão memorável como o sonho científico que, para muitos, se tornou realidade esta segunda-feira.
A comunidade científica que trabalha na exploração de Marte chama-lhe os sete minutos de terror. Sete minutos desde a entrada da sonda «Phoenix» na atmosfera de Marte a 19 mil quilómetros por hora, até o que se pretende que seja uma suave chegada ao solo já a apenas 8 quilómetros por hora.
No passado, 10 de 15 sondas falharam neste momento crucial. Por isso, os momentos são de alegria.
«Nem nos meus sonhos podia ter corrido melhor», afirmou o director de projecto Barry Goldstein.
A satisfação é total para os que já viram a missão falhar. Esta é a primeira vez que um veículo espacial consegue poisar com sucesso no Pólo Norte de Marte. Depois de deixar pousar as poeiras levantadas pela chegada, a «Phoenix» procedeu à deslocação dos seus painéis solares e, sem demoras, as primeiras imagens começaram a chegar à Terra.
Aparentemente, o Pólo Norte marciano não está gelado, mas os especialistas acreditam que o gelo existe, mas numa camada inferior da superfície, onde a sonda pode chegar através de braços robóticos.
Depois de percorrer 679 milhões de quilómetros em 10 meses, a missão humana no planeta vermelho está em curso. De Marte, a NASA quer trazer amostras de gelo e determinar a presença de material orgânico.
Este é um sonho científico que renasceu das cinzas como a ave mítica a quem foi buscar o nome. Agora e ao ritmo dos dias que em Marte demoram 40 minutos mais, os cientistas esperam a informação que ajude a responder à pergunta se há ou alguma vez houve vida em Marte.